Edipo Rei
Édipo Rei
As tragédias atingem a humanidade com muita frequencia, estamos à mercê de forças que pouco ou nada conhecemos. O Japão uma nação rica e civilizada foi atingida por uma tragédia inimaginável que superou a todos os filmes de catástrofes hollywoodianas. Ao par disto existem as tragédias pessoais que também são de grande repercussão, mas de natureza individual, que ao atingir um potentado ou rei pode ter repercussões nacionais. Foi o que aconteceu com a tragédia grega de Sófocles: o Édipo – Rei. Laio o rei de Tebas e sua esposa Jocasta não tinham filhos e precisavam de um filho varão para suceder-lhe no reino, pois um rei sem sucessor não vale nada, dizia. Foi então como todo grego que se preza ao Oráculo de Delfos, rezar ao grande deus Apolo para pedir-lhe um filho.
O oráculo lhe respondeu que Apolo podia atender ao seu pedido, mas que este filho seria a causa de sua desgraça. Ao chegar à casa Laio deparou-se com sua esposa radiante, dizendo-lhe que finalmente engravidara o que lhe causou grande apreensão, ao se lembrar das palavras do Oráculo: ”Este filho vai ser causa de sua desgraça”, disse então à esposa que logo que ela tivesse o filho este seria morto. Mas diante das inúmeras súplicas de Jocasta, Laio decidiu por dar o filho à uma família para que o criasse longe dali, e não se cumprisse as previsões oraculares. Mas no fundo Laio queria mesmo matar o filho, pois temia inclusive por sua vida com medo da criança que estava por vir. Logo que nasceu o descendente, o rei chamou um serviçal dizendo a este que levasse o menino à floresta e lá o deixasse para ser devorado pelas feras. Mas o criado condoendo-se do recém- nascido, pendurou-o pelas pernas a um galho de árvore para que alguém que passasse sentisse pena do infante e o levasse a lugar seguro.
Logo depois por ali passou um camponês chamado Forbas, que diante de cena tão dantesca ficou tomado de dó, e levou o recém nascido para casa. Sua mulher que não tinha filhos disse: Criemos o menino e daremos a ele o nome de Édipo que quer dizer pés distendidos, pois estava amarrado a uma arvore. Édipo já moço durante uma discussão com colegas um deles exclamou: “Filho enjeitado”, Então quis saber a causa disto e ouviu dos seus pais que era filho adotivo. Resolveu se dirigir ao Oráculo de Delfos para saber a origem de seus pais verdadeiros e ouviu terrível presságio da Pítia ou Pitonisa, sacerdotisa encarregada de interpretar as previsões do do deus Apolo, que mataria seu pai para casar-se com sua mãe. Saiu pelas estradas meio sem rumo, sendo que nesta ocasião teve seu caminho interrompido pela figura insólita de um rei e seu séquito em uma carruagem, que solicitou ao viandante que abrisse caminho para sua comitiva passar. Mas o orgulho foi maior e ninguém queria ceder passagem um ao outro. Não restou outro remédio, senão uma luta corporal entre Édipo e o velho rei, que foi morto por aquele. Sendo que as previsões da Pitonisa começaram a ser cumpridas. Seguindo sua caminhada fatídica sem querer dirigiu-se a sua cidade natal, que estava em polvorosa.
Pois um monstro com corpo de leão e cabeça de mulher, postara na estrada principal da cidade que conduzia ao templo propondo um enigma a todos que lá passassem, e se não decifrasse tal charada, o viajante era devorado imediatamente pela hedionda criatura. Édipo já perturbado por inúmeras notícias ruins e já criminoso de um velho rei resolveu enfrentar a criatura que lhe propôs o enigma fatal: Qual o animal que de manhã anda de quatro pés, durante o dia com dois e finalmente à tarde com três? Édipo olhou no rosto da esfinge e sentiu um medo aterrador, mas respondeu após alguma hesitação: “É o homem”, a esfinge transfigurou-se, Édipo já pensou que seria morto e devorado, mas para sua surpresa a criatura soltou um tremendo rugido e precipitou-se no abismo. A localidade então ficou livre de tão tremendo mal. Mas havia um prêmio ao vencedor. Pois quem matasse o horrível monstro teria como prêmio as chaves da cidade e a mão da viúva Jocasta. Então Édipo foi declarado rei de Tebas e casou-se com Jocasta naquele mesmo dia.
Mas como desgraça pouca é bobagem naquele mesmo dia desabou-se na cidade uma tremenda onda de desgraças uma atrás da outra: era peste, fome, seca, furações, tsunamis, pragas de toda espécie. O rei queria saber quem era responsável por tantos males que os atingiam, apesar de prender muita gente e matar outro tanto não conseguira resolver o mistério de tantos de males. Até que alguém se lembrou de chamar um velho sábio: O cego Tirésias para decifrar o enigma. Uma vez o sábio em frente ao soberano usava toda a espécie de evasivas e não queria de jeito nenhum decifrá-lo. Mas instado pelo rei que falasse, mesmo que ele próprio fosse o culpado. Pois é você mesmo disse o sábio, pois mataste o teu pai na estrada para o oráculo e casaste com sua mãe Jocasta, cometeste um parricídio e um incesto ao mesmo tempo. Jocasta estupefata com tão terrível notícia, correu para seu quarto e se trancou imediatamente.
O rei temendo pela vida de sua esposa-mãe mandou que arrombassem a porta, e viu sua genitora morta enforcada em uma trave. Imediatamente arrancou o broche de ouro dos cabelos da esposa e vazou os olhos. Dizendo quem é responsável por tanta ignomínia não merece mais ver a luz do dia. Mas os vaticínios do oráculo tinha mais um ítem: “A desgraça só terminará quando o responsável pelos infaustos acontecimentos for expulso de Tebas". Imediatamente seus filhos: Eteócles, Polinice e Antígona o conduziram aos limites da cidade e o abandonaram a própria sorte, mas sua filha Antígona condoeu-se do pai e o acompanhou em sua jornada dolorosa pelo mundo. Assim termina a tragédia.
Sobre o autor:
Sófocles foi um importante dramaturgo da Grécia Antiga. Nasceu na cidade-estado de Atenas em 496 a.C. e morreu em 406 a.C. É considerado um dos grandes representantes do teatro grego antigo, junto com Eurípedes e Ésquilo. Viveu no período de maior desenvolvimento cultural de Atenas.
O oráculo lhe respondeu que Apolo podia atender ao seu pedido, mas que este filho seria a causa de sua desgraça. Ao chegar à casa Laio deparou-se com sua esposa radiante, dizendo-lhe que finalmente engravidara o que lhe causou grande apreensão, ao se lembrar das palavras do Oráculo: ”Este filho vai ser causa de sua desgraça”, disse então à esposa que logo que ela tivesse o filho este seria morto. Mas diante das inúmeras súplicas de Jocasta, Laio decidiu por dar o filho à uma família para que o criasse longe dali, e não se cumprisse as previsões oraculares. Mas no fundo Laio queria mesmo matar o filho, pois temia inclusive por sua vida com medo da criança que estava por vir. Logo que nasceu o descendente, o rei chamou um serviçal dizendo a este que levasse o menino à floresta e lá o deixasse para ser devorado pelas feras. Mas o criado condoendo-se do recém- nascido, pendurou-o pelas pernas a um galho de árvore para que alguém que passasse sentisse pena do infante e o levasse a lugar seguro.
Logo depois por ali passou um camponês chamado Forbas, que diante de cena tão dantesca ficou tomado de dó, e levou o recém nascido para casa. Sua mulher que não tinha filhos disse: Criemos o menino e daremos a ele o nome de Édipo que quer dizer pés distendidos, pois estava amarrado a uma arvore. Édipo já moço durante uma discussão com colegas um deles exclamou: “Filho enjeitado”, Então quis saber a causa disto e ouviu dos seus pais que era filho adotivo. Resolveu se dirigir ao Oráculo de Delfos para saber a origem de seus pais verdadeiros e ouviu terrível presságio da Pítia ou Pitonisa, sacerdotisa encarregada de interpretar as previsões do do deus Apolo, que mataria seu pai para casar-se com sua mãe. Saiu pelas estradas meio sem rumo, sendo que nesta ocasião teve seu caminho interrompido pela figura insólita de um rei e seu séquito em uma carruagem, que solicitou ao viandante que abrisse caminho para sua comitiva passar. Mas o orgulho foi maior e ninguém queria ceder passagem um ao outro. Não restou outro remédio, senão uma luta corporal entre Édipo e o velho rei, que foi morto por aquele. Sendo que as previsões da Pitonisa começaram a ser cumpridas. Seguindo sua caminhada fatídica sem querer dirigiu-se a sua cidade natal, que estava em polvorosa.
Pois um monstro com corpo de leão e cabeça de mulher, postara na estrada principal da cidade que conduzia ao templo propondo um enigma a todos que lá passassem, e se não decifrasse tal charada, o viajante era devorado imediatamente pela hedionda criatura. Édipo já perturbado por inúmeras notícias ruins e já criminoso de um velho rei resolveu enfrentar a criatura que lhe propôs o enigma fatal: Qual o animal que de manhã anda de quatro pés, durante o dia com dois e finalmente à tarde com três? Édipo olhou no rosto da esfinge e sentiu um medo aterrador, mas respondeu após alguma hesitação: “É o homem”, a esfinge transfigurou-se, Édipo já pensou que seria morto e devorado, mas para sua surpresa a criatura soltou um tremendo rugido e precipitou-se no abismo. A localidade então ficou livre de tão tremendo mal. Mas havia um prêmio ao vencedor. Pois quem matasse o horrível monstro teria como prêmio as chaves da cidade e a mão da viúva Jocasta. Então Édipo foi declarado rei de Tebas e casou-se com Jocasta naquele mesmo dia.
Mas como desgraça pouca é bobagem naquele mesmo dia desabou-se na cidade uma tremenda onda de desgraças uma atrás da outra: era peste, fome, seca, furações, tsunamis, pragas de toda espécie. O rei queria saber quem era responsável por tantos males que os atingiam, apesar de prender muita gente e matar outro tanto não conseguira resolver o mistério de tantos de males. Até que alguém se lembrou de chamar um velho sábio: O cego Tirésias para decifrar o enigma. Uma vez o sábio em frente ao soberano usava toda a espécie de evasivas e não queria de jeito nenhum decifrá-lo. Mas instado pelo rei que falasse, mesmo que ele próprio fosse o culpado. Pois é você mesmo disse o sábio, pois mataste o teu pai na estrada para o oráculo e casaste com sua mãe Jocasta, cometeste um parricídio e um incesto ao mesmo tempo. Jocasta estupefata com tão terrível notícia, correu para seu quarto e se trancou imediatamente.
O rei temendo pela vida de sua esposa-mãe mandou que arrombassem a porta, e viu sua genitora morta enforcada em uma trave. Imediatamente arrancou o broche de ouro dos cabelos da esposa e vazou os olhos. Dizendo quem é responsável por tanta ignomínia não merece mais ver a luz do dia. Mas os vaticínios do oráculo tinha mais um ítem: “A desgraça só terminará quando o responsável pelos infaustos acontecimentos for expulso de Tebas". Imediatamente seus filhos: Eteócles, Polinice e Antígona o conduziram aos limites da cidade e o abandonaram a própria sorte, mas sua filha Antígona condoeu-se do pai e o acompanhou em sua jornada dolorosa pelo mundo. Assim termina a tragédia.
Sobre o autor:
Sófocles foi um importante dramaturgo da Grécia Antiga. Nasceu na cidade-estado de Atenas em 496 a.C. e morreu em 406 a.C. É considerado um dos grandes representantes do teatro grego antigo, junto com Eurípedes e Ésquilo. Viveu no período de maior desenvolvimento cultural de Atenas.
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