A terra natal...
A minha vida começou quando nasci no Bairro dos Damiões do Rio Acima, pequena localidade Paulista encravada nos contrafortes da Serra do Mar. Nasci em pequena casa de barro, coberta de sape, diziam meus pais que era muito simples, mas foi lá que primeiro vi a luz do dia. Era janeiro mês de chuvas torrenciais e comemorava-se a festa de São Sebastião. Povo humilde, rural, muito religioso, conservava as tradições das festas dos Santos principais da cidade. Tinha a festa do Padroeiro: São Luiz de Tolosa, a festa de São Sebastião, a festa do Divino, muito comemorada, uma semana e por fim a Semana Santa. Povo muito religioso como já disse, temente a Deus, acostumados a faina do trabalho rural duro e de sol a sol.
Povo de fala mansa, muito respeitador, cumprimentavam os amigos com leve movimento de chapéu que era amplamente usado por causa dos raios solares a que ficavam expostos no trabalho. Já na cidade usavam o chapéu de feltro, mais bonito e elegante. A cidade era pequena, constituída principalmente de Igreja, mercado, cadeia, repartições públicas, banco, cartório e delegacia. Criminalidade pouca ou quase nenhuma, só algumas arruaças cometidas por alguns indivíduos que abusavam da "caninha", como era conhecida a aguardente de cana.
Fábricas quase nenhuma a não ser algumas em que se fabricavam a farinha de milho e a rapadura, que eram feitas de maneira artesanal como quase tudo na época. Transcorria a década de 50 quando conheci a pequena cidade que era sede do município. O meu pai trabalhava no Mercado Municipal onde tinha um pequeno açougue de carne suína. As benesses da civilização eram escassas, transporte mesmo em lombo de muares ou então na boleia do caminhão que transportava a pequena produção do município: o leite. Agricultura de subsistência: milho, feijão, arroz, leite, rapadura e farinha de milho eram a produção.
Casas simples de pau a pique, cobertas de sape constituíam a paisagem rural de nosso município. Nesta paisagem bucólica do campo, sossegada e hospitaleira tomei contacto com o mundo. O que vi foi muito bom, claro que nada é perfeito, mas era muito feliz, vivia livre correndo pelos campos. Assim começou minha trajetória de vida.
Povo de fala mansa, muito respeitador, cumprimentavam os amigos com leve movimento de chapéu que era amplamente usado por causa dos raios solares a que ficavam expostos no trabalho. Já na cidade usavam o chapéu de feltro, mais bonito e elegante. A cidade era pequena, constituída principalmente de Igreja, mercado, cadeia, repartições públicas, banco, cartório e delegacia. Criminalidade pouca ou quase nenhuma, só algumas arruaças cometidas por alguns indivíduos que abusavam da "caninha", como era conhecida a aguardente de cana.
Fábricas quase nenhuma a não ser algumas em que se fabricavam a farinha de milho e a rapadura, que eram feitas de maneira artesanal como quase tudo na época. Transcorria a década de 50 quando conheci a pequena cidade que era sede do município. O meu pai trabalhava no Mercado Municipal onde tinha um pequeno açougue de carne suína. As benesses da civilização eram escassas, transporte mesmo em lombo de muares ou então na boleia do caminhão que transportava a pequena produção do município: o leite. Agricultura de subsistência: milho, feijão, arroz, leite, rapadura e farinha de milho eram a produção.
Casas simples de pau a pique, cobertas de sape constituíam a paisagem rural de nosso município. Nesta paisagem bucólica do campo, sossegada e hospitaleira tomei contacto com o mundo. O que vi foi muito bom, claro que nada é perfeito, mas era muito feliz, vivia livre correndo pelos campos. Assim começou minha trajetória de vida.
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