Novamente à beira do abismo.



O mundo repete novamente a crise de 1929, desemprego crescente, na Espanha está chegando a quase 50%, nestes casos procuram-se os vilões, ou o bode expiatório, culpa-se o excesso de "proteção social" oferecido pela maioria dos governos democráticos da Europa. Mas a maioria culpa a especulação, principalmente imobiliária nos EUA pelo desencadeamento da crise de 2008 e na Europa governos com balança de  pagamentos negativas, gastando mais do ganham, juros extorsivos dos bancos que parecem os menos afetados pela crise.

Como não poderia deixar de ser a solução é monetária, quando muitos dizem que é política. Enfim o Euro, a moeda oficial da União Européia encontra-se a beira da falência e ninguém quer ceder um milimetro. Assim todo o mundo afundará juntos. Enquanto isso a fome e as guerras grassam pelo mundo afora. Os EUA vivem a  maior crise da história desde a Segunda Guerra, acabou tomando algumas medidas acertadas como a diminuição do orçamento militar, o nível de emprego aumentou. Agora pergunta-se: Por que a Europa não faz o mesmo? O continente Europeu precisa dar o exemplo, principalmente por serem considerados até mais civilizados que nós, os trabalhadores gozam de ampla proteção social.

O capitalismo também está afundando, parece castigo, porque falou tanto mal do comunismo. No século XIX e primeira metade do século XX os operários viviam em regime de semi - escravidão, não tinham direito nenhum, morriam de trabalhar nas fábricas recém inauguradas até 18 horas por dia, não tinham assistência médica e nem previdenciária, morriam aos quarenta e poucos anos, trabalhavam em locais insalubres sem nenhuma proteção. A exploração do trabalho do menor era rotina. Até que em 1917 por inspiração de Karl Marx instalou-se o comunismo na Russia que passou a ser denominada União Soviética, a propriedade foi nacionalizada, o estado assumiu todas as facetas da sociedade e todo o mundo virou funcionário público, ninguém trabalhava só batia o ponto.

Acabou-se a livre iniciativa individual, pois o "Estado a tudo provia", mas também a nação ficou estagnada. Mas o comunismo começou a se espalhar pelo mundo, os patrões com medo forneceram os tão merecidos direitos trabalhistas aos operários: Férias remuneradas, décimo terceiro salário, Fundo de Garantia, Garantia de aposentadoria, Proibição do trabalho do menor, proibição do trabalho penoso principalmente para as mulheres. Então indiretamente foram estes os benefícios do comunismo. Se assim não fosse os operários ainda estariam sendo explorados por patrões inescrupulosos. Mas o comunismo aboliu a iniciativa individual, o trabalhador pensante, os bons patrões que existem sim, é verdade.

Então os operários trabalham com os braços fornecendo a sua preciosa força de trabalho para a riqueza das nações e os executivos e patrões fornecem seu trabalho intelectual, são as cabeças pensantes. Sem isso a nação ficaria acéfala e ninguém progrediria, estaríamos ainda no zero. Conclusão: Patrões e empregados são necessários a uma nação, um não vive sem o outro. O Estado deveria funcionar como um árbitro dirimindo dúvidas, promulgando leis justas e administrando as lides. Cuidando do que é essencial para o país, complementando o que a iniciativa privada não pode ou não quer fazer. Fazendo o planejamento da economia.

Com isto o comunismo através do seu anacronismo caiu. E pela primeira vez na história se extinguiu sem precisar disparar um tiro. Não deixa de ser muito positivo. Porque o nazismo também acabou e custou ao mundo cinquenta milhões de vidas.

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