A PAZ...CONSIDERAÇÕES RELIGIOSAS E FILOSÓFICAS.

Todo mundo que se propõe a escrever algo para o público deveria discorrer sobre o amor em suas variadas formas. O amor se iniciou com a criação do mundo, quando o Todo Poderoso com todos os seus poderes e virtudes, eterno e plenamente satisfeito resolveu criar o mundo. Por que? Será que o Todo Poderoso sentiu-se só? dentro de sua plenitude? É possível. Não sabemos ao certo, pois não existíamos, só ele e o universo. Então num ato de amor resolveu criar o mundo e tudo o que existe. Veja bem então foi um ato de amor do Senhor que criou tudo o que existe. Claro que aqui são conclusões minhas, não sei o que os teólogos dizem a respeito. Mas posso afirmar como criatura vivente que o Senhor nos criou num ato de amor. Além do mais afirmou após a criação que tudo era bom e perfeito.

Poderemos afirmar também que nós seres mortais e imperfeitos como somos, também sentiremos sós e também tentamos criar o nosso mundinho a nossa maneira, colocando nele a nossa personalidade e os nossos desejos. Quando nascemos somos muitos frágeis e dependemos do amor materno em tudo, porque senão pereceremos. Então o primeiro amor da criança é o materno, amamos e odiamos a nossa mãe através de nossa relação com o seio materno, objeto de nossa nutrição e nosso amor. A ponto de Melanie Klein: (famosa psiquiatra inglesa que construiu o arcabouço da psiquiatria infantil),
ter a expressão seio ruim e seio bom, para caracterizar nossa relação amor/ódio com o seio materno. Sendo a mãe então o nosso primeiro amor objetal. Depois vamos crescendo e nos é apresentada  a figura do pai este ausente. Então transferimos  parte do amor materno à figura paterna, com quem continuaremos a manter nossa relação amor/ódio.

Durante a infância descobriremos outros agentes substitutos para o amor inicial materno. Que são nossos coleguinhas, irmãos, primos e parentes e nossas relações aumentarão. Mas continuaremos incompletos, falta em nosso coração algo a preencher, continuamos a sentir incompletos e passaremos a vida toda a procura deste algo que nos preencha o vazio existencial. E começamos a procurar nossa "namorada(o)", e nesta busca frenética por algo que nos preencha, continuamos a namorar pela vida afora em busca da chamada "felicidade". Que nunca chega. Porque? Só acalmamos um pouco quando encontramos a nossa cara metade.  Mas essa realmente nos completará, terminando nossa angustia existencial? Aí precisamos dosar, ninguém é completo, a não ser Deus. Assim mesmo resta algumas dúvidas, se ele fosse realmente completo, por que então resolveu fazer o mundo?

Então responderemos foi um ato de Amor do Criador, uma deferência para conosco. Então eu concluo, foi o Amor que construiu o universo, e a vontade de Deus nada mais nada menos é representada pelo amor. Ele faz nos unir a outro ser diferente de nós em muitos aspectos, faz nos sair da nossa casca, do nosso casulo em direção ao outro, ao diferente, muitas vezes para dar origem a uma outra pessoa que também será diferente. Amar o igual é até fácil, o difícil é amar o diferente de nós. Acho que houve muitas guerras, exatamente por não aceitarmos o diferente. Acho que a grande sacada deste século é a humanidade começar a conviver e Amar o diferente, aceitando mais a si mesmo e ao próximo mesmo ele sendo uma alienígena ou um marciano, mas criatura de Deus.

O próprio papa nos conclama todos os homens de boa vontade para esta tarefa, em discurso em que exorta até os ateus para esta tarefa. Porque não? Ateus, muçulmanos, xiitas, sunitas, xintoístas, protestantes, católicos tem uma só missão na vida. "A PAZ na terra aos homens de boa vontade". Cristo quando fez esta conclamação não estava separando os homens e sim que eles se unissem em prol desta causa magna a PAZ e por conseguinte o AMOR. Porque sem paz só há tristezas, e por consequência não há amor e nem Criação, impera a destruição.

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