A sétima arte



Sempre gostei de cinema, era criança quando tomei contacto com esta bela arte, então gostava de filmes Faroeste ou Bang bang, como queira, mas eram os clássicos filmes de mocinho e bandido. Os mocinhos então uma beleza, bem barbeados, chapéus de aba larga, trajes de vaqueiro, calça bombacha, na cintura o cinturão cheiro de balas com um revolver colt de cada lado da cintura. Os revolveres parecia mais metralhador, pois quase nunca acabava a bala, os bandidos coitados morriam que nem “moscas” nos certeiros revolveres dos mocinhos que parece que não erravam nunca, e só apontar e "catapimba", o bandido caía duro. O que a petizada gostava mesmo era de briga de socos, o soco fazia um barulho danado e o bandido beijava a terra, mas tinha vez que o bandido ganhava bastante à briga, e o coitado do mocinho apanhava, mas daqui a pouco ele reagia e meninada aplaudia à beça, sempre torcendo pro mocinho da hora. O mais interessante que eles brigavam horas e nem caia o chapéu, o cabelo mantinha-se impecável. Assim eram os mocinhos daquela época. Seus principais representantes eram: Rex Allen, Tim Holt, Roy Rogers, Zorro. Também não podemos esquecer de John Waine e Alan Lad  que eram também muito bons  As aventuras no Velho Oeste eram a delícia das tardes de matine no domingo. os nossos heróis eram estes. Bandidos reais mesmo a gente quase não via naquela época, dizem que tinha o bandido da Luz Vermelha, o Menegheti, mas a gente nunca os via. Hoje quanta diferença vê-se bandido pra todo lado. O cinema era uma delícia e as histórias boas se sucediam com uma rapidez tremenda. Pelo lado do suspense e do mistério surgiu um mestre até hoje não superado, Alfred Hitchcock, o mestre do suspense. Uma noite ainda era jovem e fui assistir Psicose, até hoje o mais espetacular filme de suspense que já assisti em minha vida. O filme se desenvolve mais ou menos assim: uma das personagens da história era uma moça que havia dado um desfalque em sua firma, como era final de semana resolve fugir da cidade, durante o trajeto decide descansar no motel Bates, de propriedade de Norman Bates, mas enquanto tomava um banho de chuveiro é assassinada a facadas pela mãe de Norman. Sua irmã a procura desesperadamente e acaba indo também a este motel de beira de estrada, outros assassinatos acontecem e a trama toma a  direção de um grande filme de mistério e suspense. È considerado por Hollywood o melhor filme de terror já realizado  A cena do chuveiro é uma das belas do ponto de vista do suspense. A mãe de Norman,  personagem principal da história,  já tinha falecido há 10 anos, mas Norman a mantinha "viva" na mansão, inclusive mantendo dialogo com ela e esta respondendo às suas indagações como se viva mesmo estivesse, quando sua imagem é jogada na tela toda mumificada, um verdadeiro esqueleto, causa um impacto profundo, que se eu estivesse em pé teria caído, tal a surpresa que a história me causou, até hoje seria capaz descrevê-la.  Pelo lado da comédia, tivemos também um gênio, o Mazzaropi, minha mãe o adorava e não perdia um filme dele. Sua simplicidade, seu humor atraia plateias aos milhares. Os cinemas ficavam lotados. É considerada uma das maiores bilheterias de todos os tempos. Com suas comédias impagáveis e seu humor simples e singelo fez e faz a alegria de muitas gerações.

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