Monsier & madame Adelman


A história de uma mulher francesa relatada por ela mesma, em que conta sua vida a um repórter, ao lado de seu esposo escritor famoso: Victor Adelman.
Título: Monsier&madame Adelman
A história se inicia em 1971, quando os socialistas estão no poder na França, Miterrand, Chirac e Cia.
Os heróis de nossa saga se conhecem numa boate decadente de Paris, pra ela a vista de Victor foi como se tivesse visto um príncipe das mil e uma noites, bonito, inteligente, olhar penetrante. Ao conhece-lo foram logo pro seu apê, mas o namorado tinha bebido todas na tal boate e não puderam fazer amor, pois o sono impediu tal ato. O namorado dormiu feito um anjo, roncou a noite toda e deixou sua noiva intacta. Sarah de manhã só comentou: que é preciso resistir a bestialidade dos homens. Que só pensam “naquilo”, na penetração pura e simples. Ao passo que a mulher não consegue separar o sexo do Amor e Carinho
As mulheres são de Vênus: Deusa do Amor: os homens de Marte, Deus da guerra, do fogo, da violência. Pelo menos este é o estereótipo.
Mas depois o rapaz sumiu nas noites de Paris, muitos amores, vida noturna agitada, mas não atendia os telefonemas dela. Pra complicar não havia ainda a internet. Só os telefones comuns. Mas ela insistiu telefonando-lhe mais de cem vezes. Até que   desistiu de continuar insistindo, pois, o namorado, quando atendia mostrava-se ríspido e mal educado.  Resolveu arrumar outro namorado, mas sem perder de vista seu príncipe parisiense. Até que um dia por acaso encontraram-se numa festa e ela lhe apresentou o namorado e ao ser apresentado fingiu que não a conhecia. Mas no fim acabaram se beijando e por acaso o namorado era seu irmão. Que coincidência, não? Victor passou um “pito” no irmão e os ex namorados começaram a se beijar, a partir daí só se beijaram e o amor estava no ar. Riram e contaram piadas a vontade, fizeram amor sem contas e em todas as posições. Era violento no amor, mas não tão viril. Contou ao seu analista da pessoa maravilhosa inteligente e linda mulher que havia conhecido. Disse que gostava de mulheres inteligentes. Ele disse a ela que era escritor fracassado, pois não havia vendido livro algum. Ela formada em literatura pela Sorbonne. Ela ao ver seus escritos, achou bom até certo ponto, mas muito mal escrito, com erros de concordância, sem ênfase nos parágrafos principais. Fez correções e deu seus pontos de vistas. Segundo o namorado ela sabia toda a literatura universal até a indiana. Aí o assunto foi sobre o mundo literário e seus autores. Mas era um solteirão convicto, dizia: Uma mulher inteligente sufoca o ego. Mas ele era muito infiel, mantinha uma amante a Marion. Mas em conversa com a namorada disse que era apenas um aperitivo para o Amor principal, ou seja, Sarah. Escritor fracassado tem inveja do planeta inteiro. Conheceu a família de Sarah e descobriu que eles eram judeus e ficou maravilhado com a inteligência e o humor da família. Só viviam contando piadas, falando palavrões, e gozando uns aos outros. Esta faceta da família dela o cativou e seu nome que era outro bem francês. Resolveu no próximo romance mudar seu sobrenome para Adelman, como se judeu fosse. Citando uma interessante estatística que um terço dos nobéis eram de escritores Judeus. Escreveu uma história de muito sucesso literário e de vendas em que envolvia personagens da família dela, que muito  cativaram sua alma. Passou a escrever freneticamente e se casaram à maneira burguesa. Mas a sua produção literária ganhou em quantidade e qualidade e em o “Fardo da cidade”, ganhou o cobiçado premio Goncourt e chegou a notoriedade e riqueza. Moravam numa bela mansão e eram burgueses clássicos e bem gastadores. A casa vivia cheia de lacaios e mordomos. Ele não parava de viajar pra conferências e promoções de livros. Mas a vida rica os deixam entediados, não havia mais desafios. Novamente desfizeram de tudo e compraram um apartamento em Paris e caíram na esbórnia.  O casal tinha uma frustração muita séria na vida, tinham tido um filho provavelmente com autismo severo. O menino era atrasado em tudo e apesar dos recursos da família não puderam curá-lo. Ele era um desastre e a frustração da família. O menino era já quase adolescente quando tiveram uma segunda filha Chloé, uma menina loira e linda o xodó do pai que a paparicava constantemente. Mas o escritor depois do prêmio começou a decair sua produção literária e muito frustrado tinha raiva do mundo e dos escritores, começou a beber e ter muito ciúmes da mulher que estava na meia idade, continuava muito bonita ia fazer cursos e ir a salões de danças. Se vestindo muito bem e o escritor por outro lado teve uma baixa na potência sexual, ficando muitos meses sem fazer amor. Até que no auge da crise arrumou um personal sex para a esposa, trazendo-o para casa e ofereceu-o como presente. Esta detestou tudo isto Dizendo: que fazia amor com ele, mas o casamento estaria terminado. Iria embora. O marido com tendências de corno pediu muitas desculpas, mas não adiantou separaram-se.  A contragosto do esposo.  O rapaz  sumiu por dois anos até que foi localizado em localidade afastada da Bretanha. A consorte casara com um antigo amigo do casal com profissão ligada a informática e muito bem sucedido.
Epílogo:
A menina Chloé se tornara uma moça linda que estudava em Paris. Mas sempre visitava o pai em seu refugio rural,
Começou entre eles uma relação incestuosa platônica, mas ambos se amavam muito.
Mas um dia sentiu saudades de Sarah e do seu maravilhoso sorriso, seu humor contagiante e sua beleza
Foi busca-la na casa do amante, convido-a para voltar e esta topou retornar novamente com o seu eterno namorado.
Vale dizer que a sua produção literária uma vez no exílio aumentou muito, tornou-se professor na Universidade e iniciou sua fase lupina. Namorou todas as estudantes, inclusive trouxe uma para casa. Mas sua mulher já muito agastada com seus namoros fortuitos encerrou a fase expulsando a garota. Mas o efeito não podia ser dos piores. Entrou em depressão e só vivia recluso com seus pensamentos e não mais escrevia.
Chloé se cansou também e também resolveu se casar.  Foi o golpe de misericórdia no literato, pois começou a esquecer tudo até quem ele era, esqueceu o nome do irmão, e finalmente também não reconhecia mais sua filha e sua esposa.
Final: A esposa o levou para um edílico hotel onde passaram a lua de mel e muito se divertiram. Retornaram a fazer uma brincadeira há muito esquecida que era caminhar à beira de um abismo, mas que de longe descortinava deslumbrante paisagem. Pediu a esposa que vendasse seus olhos, como das brincadeiras do passado. Só que desta não parou a beira do penhasco de 145m. É claro que a morte foi instantânea.

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