Genética, AIDS e outros assuntos




As Ciências têm evoluído muito nos últimos tempos. Uma das mais espetaculares Ciências Modernas, sem dúvida é a Genética.
Breve história da Genética: Em 1866, Gregor Mendel descobriu os princípios básicos da Genética fazendo cruzamento entre ervilhas, e enunciou as Leis da Genética, também chamadas Leis de Mendel que anunciou as bases da hereditariedade. A base da informação genética é uma estrutura chamada DNA (Ácido desoxiribonucleiro), que foi descoberta na década de 50 por Watson &Crick, quando se iniciou a biologia molecular e a possibilidade da Manipulação Genética. Temos vários tipos de Genética: Genética populacional, Genética quantitativa, Ecologia genética. 

A populacional, uma das mais importantes, que vamos tratar mais pra frente deste presente artigo: Estuda a distribuição dos gens que estão sob a influência de forças evolutivas, seleção natural, derivação genética, mutação e migração. É a teoria que explica os fenômenos de adaptação e especiação.
Ecologia genética: É baseada nos princípios básicos da Genética Populacional, mas tem seu enfoque nos processos ecológicos.
Genética Molecular: Estuda a estrutura dos genes ao nível molecular.

Depois deste preambulo de explicações sobre a Genética, queria falar um pouco sobre as epidemias que atingem a humanidade desde o começo dos tempos, desde a Peste de Atenas, ocorrido na Grécia na Antiguidade Clássica até a epidemia de AIDS que nos assola hoje. Epidemia: Doença de caráter abrupto e sazonal que atinge um grande grupo populacional localizado geralmente, ocasionando um grande número de doentes e de mortes. Pandemia: Quando atinge grande nº de localidades e países com grande nº de doentes.

Pois é a Pandemia de AIDS que nos assola, dizem teve origem na África e se espalhou pelo mundo, hoje os doentes e infectados estão na casa dos milhões de indivíduos. A principal via de transmissão da doença é pelo sangue de pessoas infectadas pelo vírus, através do compartilhamento de seringas contaminadas pelo sangue de pessoas doentes e pelo esperma de infectados, durante a relação sexual. Inicialmente os usuários de drogas injetáveis e homossexuais foram suas principais vítimas, por motivos óbvios da predileção dos vírus por  estes humores. Mas depois a doença se espalhou pela população em geral devido ao grande nº de casos.

 A TAR(Terapia Anti Retroviral) se revelou muito eficaz na diminuição da morbidade da doença e também diminuiu significativamente a mortalidade se tornando mais eficaz ainda,conjuntamente com a adoção de preservativos. Em 2003 o uso de preservativos na primeira relação já era de 55%. O modelo brasileiro de tratamento se tornou padrão não só para a América Latina, mas também para a Africa. Mas existe uma curiosidade genética nisto tudo. Porque a AIDS mata tanto na África e está relativamente controlada no resto do mundo?  Há uma explicação científica e genética para isso. 

Na Idade Médica a Peste Negra devastou a Europa, praticamente despovoando-a ocasionando cerca de 20 milhões de mortes, mas acarretou um gen de resistência para a AIDS. Naquela a época a Africa ficou indene, não foi atingida pela Peste Negra, então africanos não adquiriram resistência a AIDS,que viria mil anos depois, não adquiriram o gen para a resistência. Então os africanos não tem resistência natural a AIDS, uma explicação aventada para o grande nº de casos africanos. Claro também sem contar as condições de higiene e saúde pública africanos bem piores que os europeus. 

Mas segundo explicam já existe e foi provado esta resistência natural genética. A genética das populações explica isto. Toda epidemia deixa uma marca genética na população atingida que pode ser prejudicial ou benéfica dependendo das circunstâncias. Neste caso é benéfica para os europeus. Sem indicar superioridade de raça, longe disso, mas questões que a Ecologia Genética explicam. Outra conclusão que podemos tirar é que já existem pessoas imunes a esta terrível doença. A partir de agora a imunidade espalhará pelas populações e este terrível mal será vencido. Sem querer diminuir os efeitos dos remédios, mas a natureza já estava agindo muito antes. Tenho dito.

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